Aos pés do Cristo Redentor e ao som de "Evidências", a seleção olímpica de ginástica rítmica se apresentou no Rio de Janeiro em um aquecimento de luxo para o Mundial, na próxima semana, de quarta a domingo, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico. Pela primeira vez no Brasil, a competição, que terá transmissão do sportv, vai reunir ginastas de 77 países. O conjunto brasileiro compete em busca da medalha inédita.

“É muito legal estar ali e representar esse momento, que é o mundial no Rio de Janeiro, na nossa casa, representando o Brasil. Então poder fazer ali a nossa arte junto dessa maravilha, do Rio de Janeiro, vai ser muito incrível, e eu acho que vai ser algo que vai poder ficar marcado em nossos corações” – disse a ginasta Nicole Pircio.

As atletas saíram do hotel de madrugada a caminho do Cristo, algumas meninas nunca haviam visitado o cartão de visitas da cidade e demonstraram ansiedade para se apresentar. Chegando ao topo do Corcovado, se emocionaram com o Cristo pintado em verde e amarelo. Esse foi um momento especial para o conjunto brasileiro, pois, segundo a coreógrafa Bruna Martins, o grupo é muito religioso e, se apresentar aos pés do Cristo, foi uma homenagem a ele.

“Todo esse time é muito devoto. E ali no Cristo, para nós, em um momento sem ninguém, só nós e Ele, foi realmente uma coreografia feita para Ele, em homenagem a ele” – disse Bruna Martins, coreógrafa da seleção de conjunto.

Perto da apresentação, o sol já dava indícios que iria aparecer, e o show das atletas foi acompanhado pelo seu belo nascer em volta do Morro do Corcovado.

As ginastas estão em contagem regressiva para o início do campeonato. Neste ano, as brasileiras já conseguiram um feito inédito, conquistaram o primeiro ouro do Brasil na prova geral (a única olímpica) em uma etapa da Copa do Mundo, em Milão. Agora, se apresentando em casa, as medalhistas querem subir no pódio pela primeira vez em um Mundial.

“Realmente, viver um sonho, porque quando a gente entrou, o nosso maior sonho era levar a ginástica para o topo do mundo, e a gente viveu essa virada de chave, viveu esses Campeonatos Mundiais, essas Olimpíadas. Tudo isso para hoje, a gente estar aí no topo, brigando por uma medalha, estando na elite da ginástica rítmica mundial” – disse a ginasta Bárbara Galvão.